TO BE A MAN

Ontem, estava eu deitado no sofá a praticar Zaping, o meu exercício físico preferido e grande responsável pela forma física que tenho, a redonda, quando ao percorrer a listagem de canais me chamou a atenção uma reportagem que estava a dar num programa de um tal Dr. Phil, um psicólogo dos Estados Unidos da América, uma espécie de consultor de comportamento e relações humanas que tem solução para todo o tipo de problema, seja sexual, de casamento, de família, ou seja, ele é como o nosso Professor Bambo, mas dos States e branco.

Tal reportagem mostrou um vídeo de uma mulher que recorreu ao Dr. Phil porque já não aguenta o marido e teme pela educação da filha devido ao comportamento do mesmo, pois ele continua após alguns anos de casamento e depois de já ter sido pai, a ser tudo aquilo que era quando era mais novo.
Esta senhora queixa-se que já não aguenta os comportamentos do mesmo, dando como exemplos que o marido se “peida” à grande debaixo das mantas e que depois a abraça e a obriga e sentir o cheiro, que o marido se “abre” igualmente na fila da caixa do supermercado e que assim que o faz se pira dali para que as pessoas pensem que era ela. Queixa-se aquela infeliz também de que nesse mesmo supermercado nunca pode baixar-se para tirar uma simples lata de ervilhas ou champô porque assim que o faz o “esposo” vem por trás e roçasse na sua traseira. Para além disso, faz-lhe muita confusão o facto de cada vez que ele vai ao WC o fazer de porta aberta (mostrando o vídeo o visado sentado no trono e a gritar “Ó Meuuuu Deuuuuuus, pareccceeee que estouuuuu a dar à luzzzzzzzzzz”). Esse vídeo mostrava o senhor educação a cortar as unhas e a deixar as mesmas em cima da mesa ou mesmo a sacar “burriés” e a colar os mesmos debaixo da mesa!
Entretanto, e de volta ao estúdio, o Dr. Phil com o casal presente tentou dar-lhes alguns conselhos para resolução do problema e confrontado o senhor acerca dos seus hábitos o mesmo sorriu e respondeu “não vale a pena, não vou mudar, afinal sou homem e os homens são assim mesmo”.

Foi aí que pensei então: “grande tema para amanhã, vou escrever acerca de ser homem”.
Ora, como homem que sou (sim, que eu também tenho pingarelho, não tenho é robe Laranja Choque), senti que devia aqui defender os homens, é pá, nós não somos aqueles javardões ou mal-educados que elas dizem, a guerra dos sexos entre homem vs mulher é que nos criou uma imagem assim, afinal somos apenas seres descomplexados, simples e de mente (e outras coisas) aberta!
E nós homens sofremos muito, ao contrário do que aquilo que as mulheres pensam, nós não sabemos apenas soltar gases e ter comportamentos imaturos, nós também sofremos muito, muito mesmo e vejamos como exemplo:

- Nós sentimos uma dor terrível com uma bolada nos testículos (ou como alguns os apelidam , nos tintómetros);

- Somos torturados em casamentos no Verão quando temos de usar fato e gravata;

- Temos de fazer a barba;

- Desesperamos com o pingarelho dentro das cuecas apertadas;

- Vivemos sob o permanente risco de ter de andar à porrada com outro homem para defender a mulher, até no trânsito quando são as mulheres a apitar;

- Temos sempre de ser nós a lavar o carro;

- Temos de reparar na roupa nova da mulher, o perfume, os brincos, corte de cabelo;

- O desespero que sentimos quando lavamos a loiça e pior, enquanto tal olhar para o relógio da cozinha e ver que o jogo do Benfica está quase a começar

- Não podemos usar meias com chinelos de enfiar no dedo só porque fica mal!

- Não podemos sorver a sopa.

- Nós é que temos de abrir as latas de conserva ou de trocar as lâmpadas

- Nós não temos um Dia do Homem para receber prendas

- Não nos podemos sentar de pernas cruzadas pois aleija o pingarelho e os tintómetros

- Sempre que exercemos profissões femininas somos panascas (cozinheiro, cabeleireiro)

- Nós é que temos de levar as mulheres ao colo na noite de núpcias.

Depois elas ainda acham que é mais fácil ser homem, só porque NÃO TEMOS O PERÍODO! Bolas pá!!

Mas a verdade é esta, somos homens e havemos de ter sempre as nossas coisas "esquisitas", mas a verdade é que não conseguimos passar sem as mulheres, eu pelo menos não consigo passar sem a minha pois sem ela não era nada! (não, não fiz asneirada nenhuma e nem me esqueci de lavar a loiça ontem, é a verdade)!

Um abraço (com cheirinho) que já me descuidei!!

Nuno Gorby ®